segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

PULIÇA.


Vendo esses jornais televisivos falando à exaustão desse pavoroso acidente envolvendo uma viatura da PM no Morro da Conceição que matou duas pessoas e feriu outras.

A PM não tem a menor consideração por áreas habitadas por pessoas pobres, andavam em alta velocidade, numa contramão, imprudência pura, a lombada deve ter causado o acidente com o motorista perdendo o controle devido à velocidade imprudente com a qual ele pilotava a viatura. O que salta às vistas é essa cultura de esculacho desses cabras em áreas de baixa renda, e como sempre, o comando na mídia aliviando pro lado deles, é essa cultura de corporativismo que ferra com a credibilidade da corporação.

Eu morei sempre na Imbiribeira em área de classe média, depois de 1985, quando me vi obrigado por motivos financeiros a morar em bairro popular, é que pude sentir isso bem de perto e na pele.

Eu chegara do trabalho, resolvi ir até uma praça do bairro aonde havia uns botecos populares que também serviam, além de bebidas alcoólicas comida caseira de boa qualidade. O entorno da praça era e a própria eram uma zona de consumo de maconha, razão pela qual as polícias sempre rondavam e davam suas batidas em busca de gente com posse de drogas ou armas.

Eu comia um prato de macaxeira com galinha, de repente uma blitz de PM. Caras falando de forma ríspida e grosseira com todo mundo, dando baculejo em todo mundo. Eu permaneci no meu canto comendo na boa, quando senti uma cutucada de cassetete na altura dos rins, mandando eu me levantar. Eu levantei, dei boa noite, abri a carteira e mostrei meu RG pro soldado. Ele olhou, me revistou e minha bolsa, que tinha num dos compartimentos meus remédios de controle de hipertensão. Perguntou de forma esquisita para que tanto remédio, eu respondi:- sou hipertenso, tomo esse beta bloqueador, esse diurético e esse ansiolítico cidadão, mostrando pra ele cada caixa de medicação. E essa calma toda, não tem medo de polícia? Perguntou em seguida. Eu disse:- tenho respeito pela PM , medo de polícia quem deve ter é bandido, não trabalhador feito eu. Aí um outro falou, porra cara, esse cara aí tem cara de quem já foi militar. Eu na mesma calma disse: - fui não , eu sou, tenente da reserva do exército brasileiro. Aí o imbecil pela minha carteira de milico, eu disse:- nunca tirei, porque vivo como civil e o cidadão tem que ser respeitado por ser cidadão e não precisa de dar carteirada pra ser respeitado.


Foda foi a cara da manezada em volta, acho que esperando a hora de um cabra daqueles perder a linha e fazer alguma arbitrariedade. Nada fizeram, me deixaram ali e os demais, nada encontraram e foram destilar seus recalques em outros setores com toda certeza.

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