domingo, 6 de agosto de 2017

CAPITANIA

Nem sempre beira de praia inspira coisas fofinhas. Eu antes de participar da FLIPORTO, contemplando o mar e pensando no codinome sinistro que deram aos africanos quando a senha é que havia galinhas no porto,para burlar a fiscalização do então proibido tráfico negreiro.
(Allan Sales- Porto de Galinhas em 23 de Março de 2006)

Implantou-se um porto exportador
A trazer negras gentes africanas
Estas naus tão cristãs tão lusitanas
Espalharam na terra tanta dor
Tudo em nome de um cristo redentor
De uma fé de leituras mais tiranas
Os engenhos e as fomes soberanas
De europeu que foi colonizador
As três raças no embate mais sangrento
Morre o índio que sempre irredento
Para a cana aí verter seu doce suco
E no tempo que segue a mesma história
Poucos tem jogam tantos na escória
Nestas plagas feudais de Pernambuco

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